“Porque todos os que são conduzidos pelo espírito dos Deuses
[santos],
estes são filhos dos Deuses.” — Romanos 8:14.
O
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Líderes Governantes religionistas, num esforço de 'deturpar' as palavras de Paulo, têm causado "prejuízos" a si mesmos. |
Em sua carta aos romanos, o inspirado
apóstolo Paulo abordou sobre um assunto totalmente novo, de ‘difícil entendimento’
para os da época dele, mas de vital compreensão e aceitação para seus leitores.
Tinha que ver com a questão sobre os que viviam pela carne e os que viviam pelo
espírito. Partindo desde o primeiro capítulo, onde é abordado o aspecto de como
Jesus, qual descendente de Davi “segundo a carne”, tornou-se “Filho dos Deuses,
segundo o espírito de santidade, por meio da ressurreição dentre os mortos”, e culminando
na seguinte declaração: “Todos os que são conduzidos pelo espírito dos Deuses
[santos], estes são filhos dos Deuses”. (Romanos 8:14) Quem, segundo o
raciocínio “difícil de entender” de Paulo, eram os conduzidos pelo “espírito
dos Deuses santos” e de que forma podiam eles serem “filhos dos Deuses”? —
Daniel 4:8, 9.
Todos os que andam por
espírito, são os “filhos dos Deuses”
As palavras do apóstolo não precisam mais
ser de ‘difícil compreensão’ — não nos tempos avançados em que estamos vivendo.
Paulo, sob inspiração, revelou que “todos os que [eram] conduzidos pelo
espírito” nos seus dias, eram “filhos dos Deuses”. Ele não fez como os atuais
líderes governantes religionistas, que separam os cristãos em duas classes: a “classe
dos Ungidos Filhos dos Deuses e a
classe dos da Grande Multidão, que não podem ser filhos, mas apenas amigos dos Deuses”,
conforme crença amplamente conhecida e divulgada pelos do Corpo dos Governantes
das Testemunhas de Jeová, minha própria religião. Estes homens, já por quase 50
anos,1 têm agido quais homens que ‘dominam outros para seu (o deles)
próprio prejuízo’, causando divisão entre os cristãos.
As Testemunhas dos Deuses Santos seguem andando por espírito |
Os “apóstolos e anciãos” cristãos
Quem eram os irmãos que estavam na dianteira
da obra cristã? Segundo os atuais líderes religionistas das Testemunhas de
Jeová, os cristãos eram comandados por um “Corpo Governante” cristão, composto
pelos “apóstolos e anciãos de Jerusalém”. As Escrituras, no entanto, nada falam
deles em termos de um “Corpo de Governantes”. Ao contrário! Jesus advertiu
fortemente contra a criação de um grupo de homens assim entre Seus discípulos.
(Leia Mateus 20:24-28) Segundo ele, todos os
cristãos são iguais; todos eram irmãos. (Leia
Mateus 23:1-12)
Então quem eram os “apóstolos e [os] anciãos de Jerusalém”?
Os
“Apóstolos”
Quanto à identidade dos “apóstolos” não
precisamos discutir, pois o próprio Senhor Jesus foi quem os escolheu. Eram doze
homens a princípio. Mais tarde, houve também apóstolos que não pertenciam aos
doze, como o apóstolo Paulo, por exemplo, que fora comissionado “apóstolo para
as nações”. (Romanos 1:5; Gálatas 2:8) Entretanto, mesmo nesse caso, ele fora
escolhido pelo próprio Deus Jesus. Assim, todos os apóstolos eram — e ainda o
são — homens escolhidos pelo próprio Jesus. Então, quem eram os que compunham o
outro grupo, os “anciãos”, e que ficavam junto aos apóstolos em Jerusalém?
Os
“Anciãos”
A questão de quem eram os do grupo de “anciãos”
que faziam frente aos cristãos junto com os apóstolos escolhidos de Cristo
nunca que fora plenamente compreendida — até agora. Visto que Jeová têm o
propósito de que a verdade brilhe cada vez mais, a ponto de acabar com a
escuridão, decretou que este é o momento de sabermos quem eram eles. Para isso,
leiamos Atos 15:1-6:
“Certos homens desceram então
da Judeia e começaram a ensinar os irmãos: ‘A menos que sejais circuncidados,
segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos.’ Mas, quando havia ocorrido
não pouca dissensão e disputa com eles da parte de Paulo e Barnabé,
providenciaram que Paulo e Barnabé, e alguns outros deles, subissem até os
apóstolos e anciãos em Jerusalém, com respeito a esta disputa.
“Concordemente, depois de
serem acompanhados parte do caminho pela congregação, estes homens continuaram
viagem, . . . Chegando a Jerusalém, foram recebidos benevolamente pela
congregação e pelos apóstolos e anciãos, e eles narraram as muitas coisas que os Deuses tinham feito por meio deles. Contudo, alguns dos da seita dos fariseus, que
haviam crido, levantaram-se dos seus assentos e disseram: ‘É necessário
circuncidá-los e adverti-los que observem a lei de Moisés.’
“E os apóstolos e os anciãos
ajuntaram-se para considerar esta questão.”
Anciãos inimigos 'assentavam-se' entre os apóstolos cristãos |
Quem diria, os apóstolos estavam rodeados
por inimigos, que, num fingimento religionista típico, aparentavam ter “crido”
e, mantendo seu estilo de ‘gostar dos primeiros assentos’, tinham “assentos” fixos
entre os que lideravam a obra cristã! (Leia
Mateus 23:6)
Estes homens defendiam que os cristãos deveriam voltar a praticar as obras da
carne em vez de viverem por espírito! O apóstolo Paulo, em Romanos, associou a
obediência à lei de Moisés a viver pela carne. Disse ele em Romanos 7:1-6:
“Será que não sabeis, irmãos,
(pois estou falando aos que conhecem lei,) que a Lei domina sobre o homem
enquanto ele vive? Por exemplo, a mulher casada está amarrada por lei ao seu
marido enquanto ele viver; mas, se o seu marido morrer, ela está exonerada da
lei de seu marido. . . .
“Assim, meus irmãos, vós
também fostes mortos para com a Lei, por intermédio do corpo do Cristo, para
que vos tornásseis de outro, daquele que foi levantado dentre os mortos, a fim
de que déssemos fruto para os Deuses. Pois, quando estávamos de acordo com a
carne, as paixões pecaminosas, incitadas pela Lei, trabalhavam em nossos
membros para que produzíssemos fruto para a morte. Mas agora fomos exonerados
da Lei, porque morremos para com aquilo que nos segurava, para que fôssemos
escravos num novo sentido, pelo espírito, e não no velho sentido, pelo código
escrito”.
Observou? Para aqueles primitivos cristãos,
que haviam sido libertos da Lei, voltar a viver de acordo com a Lei dada a
Moisés, significaria viver de acordo com a carne que, por sua vez, conduzia a
pessoa à morte. Já para os que persistissem em viver por espírito, tinham de
está livres da observância dada pela Lei de Moisés. Mas os “anciãos”, que ‘assentavam’
com os apóstolos, promoviam o erro. Segundo eles, os discípulos deveriam viver
de acordo com a carne, por voltar a praticar a Lei. O que isso tudo nos ensina?
Qual é a implicância de, hoje, líderes e governantes religionistas, promoverem
um ensino em que os discípulos não são “filhos dos Deuses”?
Fiquemos de olho e evitemos os que
causam divisões em nossos dias!
O Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová, estando profeticamente montados em nós, nos escraviza e nos condiciona a meros 'amigos dos Deuses'. |
A verdade de que todos nós, cristãos que
vivem de acordo com o espírito, somos verdadeiros “filhos dos Deuses”. Como
tais, é vital que devamos participar dos emblemas da carne e do sangue do
Cristo por ocasião da Comemoração da morte do Cristo e, também, sendo “filhos”,
somos “ungidos”. O que desclassifica realmente um cristão de ser ou não “filho
dos Deuses”, “ungido” ou não, não é a “divisão” que líderes governantes
infiltrados entre os santos promovam, mas sim se o crente está andando por
espírito ou pela carne. Você, caro crente, anda por espírito ou pela carne? – Leia Romanos 8:1-17; Gálatas 5:19-22.
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1 A criação de um Corpo dos
Governantes entre as Testemunhas Cristãs de Jeová de hoje, se deu na década de
70 do século passado.
2 A Lei dada a Moisés fora abolida
por ocasião da vinda de Jesus à terra.